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Mapa da Turquia

Festas e Tradições

A Turquia continua profundamente ligada às suas tradições. Todos os acontecimentos da vida familiar, religiosa e laica, são pretexto para danças e festejos.
 

Festas Religiosas
Ramadão
Para os muçulmanos, o Ramadão consiste em respeitar uma vez por ano a abstenção durante um mês de comida, bebida, tabaco e de relações sexuais, entre o nascer e o pôr do Sol. Determinada em função do calendário religioso, a data do Ramadão muda todos os anos, assim como as celebrações que encerram essas abstenções. O Ramadão é respeitado de diversas formas, mais rigorosamente no campo que na cidade.

 

Seker Bayrami
A festa do açúcar: estes três dias de festa simbolizam o fim do período de jejum do Ramadão. Os grandes centros de comércio, tal como o grande bazar em Istambul, e as repetições públicas, encontram-se fechadas. Tal como no Natal na Europa, as famílias vestem-se bem, visitam-se e se presenteam com "lokum" -delicias turcas que são doces- .

 

O café e o chá são bebidas da hospitalidade
Eles fazem parte dos ritos fundamentais da cortesia, a qualquer hora e em qualquer ocasião. O café turco é servido açucarado (“az”), meio açucarado (“orta”), açucarado (“seker”) ou sem açúcar (“Sade”) e acompanhado de um copo de água.
Grandes consumidores de café na época em que o Iêmen era uma possessão otomana, os turcos converteram-se ao chá, que consomem abundantemente. Bebem-no em pequenos copos. O chá que lhes será oferecido nos locais turísticos muitas vezes terá o aroma de maçã.

 

Kurban Bayrami
A festa do sacrifício ou festa do carneiro: 10 semanas depois do Ramadão, esta é a festa celebrada em honra de Abraão.
Dura 4 dias durantes os quais se prestam homenagem às famílias e aos mortos. Cada família deve sacrificar um carneiro no primeiro dia da celebração. As peças de carne são em seguida cozinhadas e, distribuídas para os mais pobres.

 

Festas Familiares
Circuncisão
Não existe uma idade precisa para celebrar a circuncisão de um menino. Este, no entanto, deve ter mais de três anos. Depois de ir à mesquita e recitar as orações, o menino é levado para casa onde é circuncisado por um médico. Em seguida, permanece entre os convivas que dançam e cantam em honra do pequeno rapaz que se tornou um homem.

 

Casamento
É necessário distinguir entre a prática na cidade e os costumes do campo. Nos dois casos, a família reúne-se para festejar a nova união. A noiva não leva um traje particular, mas nas grandes cidades é freqüente ir vestida de um bonito e comprido vestido branco e um véu. No campo, os casamentos arranjados são moeda e corrente de ouro: as crianças são por vezes comprometidas desde muito cedo. A futura esposa prepara um enxoval completo, e assim não nada faltará no seu lar. A tradição diz que a família do noivo paga a festa do casamento e dá ouro ao pai da noiva. No dia do casamento e a fim de proteger o casal da pobreza, prendem-se peças de ouro e jóias ao vestido da noiva.

 

Festas Tradicionais
Respeitadas mais particularmente no campo, estas festas têm uma origem anterior ao Islão. Estão ligadas ao ciclo das estações.
No verão, as colheitas e as vindimas são pretexto para toda a espécie de festejo.

 

Hidirellez
Nos dias 5 e 6 de Maio , festeja-se a chegada de primavera. Pelos campos, as mulheres e as meninas levam coroa de flores entrançadas.

 

Nevruz
No primeiro dia da Primavera, os Alevis festejam o nascimento de Ali. As mulheres preparam uma receita tradicional, o “asure” (trigo esmagado e fervido num xarope de açúcar com pinhões e passas de corinto).

 

Música
A música é muito importante na vida quotidiana dos turcos. Nas pequenas aldeias da Anatólia a população gosta de se reunir à noite, após o jantar, para tocar “saz” (uma espécie de bandolim), cantar e dançar.

 

A Música Clássica
“ Sanat muzigi”: herdada da época otomana, esta música é particularmente ouvida pelos nobres. Era tocada para califas, e juízes. Associada à música sagrada, pode também ser ouvida nos meios aristocráticos. Era tocada dos califas, e dos juízes. Associada à música sagrada, pode também ser ouvida na cerimônia de comemoração do nascimento de Mevlana, que decorre no mês de Dezembro, no festival dos Derviches Dançantes.

 

A Música Folclórica
A música popular turca que tem as suas origens nas estepes da Ásia central, distingue-se nitidamente da música clássica turca que se originou nos palácios otomanos. Até bem pouco tempo, a música popular era transmitida oralmente pelos “asik” (bardo), que cantava de aldeia em aldeia, fazendo-se acompanhar pelo “saz”.

 

A Música Militar
Originária da Ásia central, é conhecida hoje em dia pelo nome de “Mehter” (fanfarra). Na Europa é conhecida pelo nome de Música dos Janízaros, que deve seu nome a elite militar que assegurava a proteção do sultão a partir do século XIV.

Ainda hoje em dia, pode ser ouvida no Festival dos Janízaros, em Istambul, no mês de Maio, ou ainda no Museu Militar de Istambul, durante o resto do ano.

Instrumentos Musicais
Duo Davul Zurna: o tambor e a flauta nasal, geralmente associadas para acompanhar as danças.
• Kemençe: espécie de violino, instrumento típico do Mar Negro.
• Clarinete, Castanholas e Colheres de madeiras: estes são os instrumentos mais freqüentes associados à música folclórica.
• Baglama: instrumentos de cordas utilizadas para música tradicional.
• Darbuka e tef: instrumento de percussão.
• Saz: instrumento de cordas com um longo braço tipicamente turco...

 

Danças Folclóricas
Cada região da Turquia possui as suas próprias danças. As mais conhecidas classificam-se assim:
• Horon: danças da zona do Mar Negro, executada só pelos homens, usando uma roupa preta cujo colete é ornamentado com pequenos pendentes de pratas. Os dançarinos executam movimentos muito rápidos ao som do “kemençe”, uma instrumento típico da região.
• Kaþýk oyunu: a danças das Colheres é uma dança da região de Konya e de Silifke executada por homens e mulheres em conjunto, vestidos com trajes muito coloridos e ritmando, se dança com duas colheres de madeira em cada mão, utilizada como castanholas.
• Kiliç-kalkan: a dança do “Sabre e do Escudo” é uma simulação de combate que ilustra a conquista da cidade. Dançada só por homens, vestindo trajes dos primeiros soldados otomanos, ritmada pelo som do ferro contra ferro.
• Zeybek: dança de ritmo lento da região do Egeu, executada pelos homens. Cada homem representa um “efe”, personagem que representa a coragem e a bravura.
A dança do ventre é de origem árabe, não é considerada uma dança folclórica turca.

 

Tapetes
Há muitos séculos que no Oriente se utilizam tapetes que são muito desejados.
A história do tapete de “nós”, na Turquia islâmica, iniciou-se com a chegada dos seljúcidas. Alguns exemplares datam do século XIII. Apresentam como motivos de ornamento, estrelas, losangos, formas geométricas, pássaros, dragões. A cultura islâmica teve uma influência profunda sobre a história dos tapetes. Os otomanos, conformando-se estritamente com as práticas sunitas, interditaram todas e quaisquer representações de seres vivos, mesmo imaginários. A decoração encontra-se limitada às formas geométricas, flores, árvores estilizadas, nichos de pedra.
A partir do século XVI, o leque dos motivos utilizados alargou-se e passou a incluir a espiral, nuvens, rosetas, palmitos. O principal centro de fabricação situa-se em Usak. Arabescos formando uma seqüência de losangos, ziguezagues, entrelaçados, são muito característicos destes tapetes raros.

 

Tapetes de Pérgamo
Estes são de um estilo diferente: o seu veludo é espesso e brilhante, as suas cores vivas (vermelho, azul).

 

Tapetes de Milas
São muito reputados historicamente, sobretudo os tapetes para a oração, pelas suas cores particularmente claras, com motivos simples e grandes.

 

Tapetes de Ghordion
Esta cidade é conhecida por ter dado o seu nome ao nó turco. Daqui, saem os mais belos tapetes de oração.

 

Tapetes de Kula
Muito próximos dos Ghiordes, servem para cobrir os túmulos dos sultões e das famílias aristocratas.

 

Tapetes de Ladik
No Norte de Konya, estes marcam a passagem do motivo puramente geométrico para o floral estilizado (tulipas).

 

Tapetes de Sivas
Estes fazem lembrar os tapetes persas clássicos, mas as suas cores são mais claras.

 

Tapetes de Kayseri
Do mesmo gênero, de vermelhos e azuis luminosos sobre fundo claro. Muitos são de seda.

 

Tapetes de Isparta
São em veludo espesso que esconde a pouca densidade dos nós

 

Tapetes de Hereke
Em lã ou em seda. No século XIX, estes saíam dos ateliers diretamente para o sultão. Um grande número foi oferecido em homenagem imperial às cabeças coroadas de toda a Europa.

 

Tapetes Nómadas
São testemunhos do artesanato nômada.
Têm desenhos simples e geométricos. As tintas são de origem vegetal, daí resultando cores em todas as nuances.

 

Tapetes de Kars
Enlaçados pelas tribos caucasianas do nordeste da Anatólia, encontra-se entre os mais raros. Possuem motivos geométricos e cores pastel.

 

Kilims
Os seus desenhos geométricos e, sobretudo as suas cores atrativas conferem-lhe uma grande originalidade. Os kilims são muito usados nas casas turcas para cobrir o chão, os sofás e mesmo as paredes.
Desde há muito tempo que a tecelagem dos tapetes é uma arte executada pelas mulheres. Esta tradição mantém-se nos dias de hoje na Turquia: em mais de 40 000 aldeias, as moças aprendem a dar os nós nos tapetes
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