Mongólia


É um dos países mais altos da terra, com uma geografia de grandes contrastes. Impressionantes montanhas com neves, vales, rios e paisagens inesquecíveis que se converteram em um paraíso para os amantes dos esportes de montanha. As expressões artísticas e culturais dos mongóis estão estreitamente ligadas as do norte da China.

Localiza-se na Ásia Central, ocupa uma superfície de 1.560.500 Km², constitui um dos países mais altos do mundo. Faz fronteira ao norte com a Rússia e ao sul com a China. Sua orografia caracteriza-se pelos míticos planaltos. O deserto de Gobi se estende até o sul e oeste do país. A Mongólia abriga cerca de 3.000 lagos, alguns de origem vulcânica, como é o caso do Lago Hovsgol Nuur. Os principais rios são Kerulen e Sélenega.

O mais incrível da Mongólia são suas travessias e excursões por lugares isolados, especialmente no Deserto de Gobi e nos planaltos estepe. Para os mais aventureiros, nada melhor que as ascensões das cadeias montanhosas de Altai Mongol e Hangai. O Monh Hayrahan Uul possui 4.362 metros, sendo o ponto mais alto do país.

Documentação: 
Brasileiros não precisam de visto para entrar na Mongólia. 

Costumes
Os mongóis tem uma sólida fama de povo acolhedor, mas são extremamente tímidos e, às vezes, escondem seu mal-estar por trás de um sorriso. Por isso se precisam de algumas informações básicas sobre o comportamento a ser tomado no yurt -tenda de estilo mongol-  (ger para os mongóis). Caso não sejam fornecidas, poderá transgredir proibições inimagináveis que poderão incomodar aos anfitriões.

Não se entra em um ger como se fosse dono da casa já que o habitat tradicional dos mongóis são regidos por inúmeros códigos que na maioria das vezes possuem origem na superstição. O que parece secundário aos nossos olhos podem ser percebidos como uma ameaça para o equilíbrio e a felicidade familiar dos mongóis. Eis aqui alguns exemplos: Abaixe sempre as mangas de sua camisa, sempre colocar primeiro o pé direito e ter cuidado para não pisar na soleira da porta. Uma vez no interior, não ficar em pé e sentar onde o chefe da família indicar. O fogo é objeto de culto particular, assim evite alongar as pernas perto dele e jogar coisas dentro. Por outro lado, mesmo que os nômades tenham ido, os mongóis que lhe acompanham veriam com um mau olhar caso ande sobre as cinzas do fogo. Durante a sua viagem, no topo das passagens de montanha ou em alguns cruzamentos pelo caminho, fique perto dos "oboos", uma pilha de pedras ou galhos em forma de cone considerados como a residência dos espíritos. Os mongóis realizam vários rituais introduzindo neles crinas de cavalo ou um pedaço de pano. Não demonstre impaciência, já que terá que dar três voltas antes de continuar o caminho. Por último, convém saber que urinar na água é um sacrilégio.

Gastronomia
A composição das refeições depende da região e da época do ano. Em Ulan – Bator é possível encontrar uma grande oferta de restaurantes que oferecem comida ocidental, porém no resto do país não restará outra alternativa a não ser se adaptar aos costumes locais. Também deve-se saber que o café da manhã e o almoço são as refeições principais do dia. Ao sul, a carne de cordeiro e de camelo fazem parte da base alimentícia.

Áreas de interesse
Ulan Bator

É a capital da Mongólia, não apresenta nenhum atrativo, porém as quatro montanhas sagradas que a rodeiam e a presença de grande quantidade de yurts, oferecem um ambiente particular. E sobretudo, inclui grande quantidade de sítios arqueológicos e monumentos históricos interessantes, ainda restam poucos vestígios do século XIX, quando ainda era chamado de Urga. Milagrosamente salvo pelos comunistas, o Monastério de Gandantegtchilin é o lugar mais impressionante da cidade. Pode-se contemplar vários templos com telhados construídos no século XIX como o de Vajradara.

Não se pode visitar a biblioteca que contém milhares de manuscritos antigos porém ao invés disso, pode-se assistir aos cultos religiosos que ocorrem todas as manhãs. Ao sul da cidade encontra-se o Palácio de Inverno de Bogdo-Khaan (1905),  construído pela ordem do Czar Nicolau da Rússia.  Atualmente, transformado em museu, contém vestimentas de couro, presentes oferecidos ao último hierarca mongol e uma coleção de animais dissecados.

 




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O Monastério Museu de Tchoigjin Lam (1904-1908) é um dos mais bonitos da Mongólia. Este conjunto formado por cinco templos restaurados nos ano 60, contêm objetos de culto que datam dos séculos XVII ao XX. Muito mais recente, já que foi inaugurado em 1995, é o Monastério de Narokhajig que abriga a primeira escola budista para mulheres e se permitem visitas. O Museu de História Natural é uma boa introdução sobre o assunto antes de visitar o resto do país. Pode-se verificar algumas espécies de plantas raras e sobretudo o gigantesco esqueleto de um dinossauro encontrado em 1948 no deserto de Gobi. Além das obras de arte do grande escultor que deu seu nome, o museu Zanabar de Belas Artes, expõe objetos religiosos como os thangkas e as bandeiras budistas.

Deserto de Bayangobi
É o único do mundo em que a maioria dos animais e plantas que abriga são endêmicas e se adaptam especialmente bem as condições extremas. Íbices, argalis, leopardos da neve, castores e aves de rapina compartilham os territórios montanhosos enquanto as planícies são o terreno da gazela branca, do antílope com cauda preta e de espécies raríssimas como o camelo selvagem e o urso de Gobi. As plantas desta região apresentam a particularidade de poderem ser utilizadas como complementos alimentícios. O "saxaul", a bebida das areias que floresce em Maio, o "karagana" cujas raízes descem vários metros abaixo do solo e ruibarbo fazem parte dessas variedades específicas de Gobi. Como nômades, eles se movem com a ajuda de camelos bactrianos -camelo de duas corcovas-, uma raça muito resistente.

Karakorum
É a antiga capital imperial, que foi mais tarde destruída pelos soldados Manchú. No entanto, se preservou o magnífico Monastério de Erdene Zuu (Cem Tesouros), que foi o primeiro centro da doutrina de Dalai Lama na Mongólia.
A cidade ainda reflete os traços da sua glória passada, protegida por três templos representam as três fases da vida de Buda: infância, adolescência e idade adulta. O templo principal é chamado de Zuu de Buda, e fora do monastério estão as duas "rochas de tartaruga" e, ainda, escondida em um pequeno vale, encontra-se a rocha fálica.

Parque Nacional Khustain Nuruu
Localiza-se na província Aymag de Töv ao norte da Mongólia, relativamente perto da fronteira com a Rússia e é uma das áreas protegidas do país. Este lugar também é conhecido como o Parque Nacional Hustai e cruzado pelo  Rio Tuul.
O Parque Nacional tem cerca de 50 mil hectares de belas paisagens, onde os turistas podem ver neve. Existem vastos campos verdes, passando por esculturas arqueológicas esculpidas em pedra. Este lugar foi declarado pela primeira vez como uma reserva em 1993, mas depois que os pesquisadores realizaram estudos, foi transformada em parque nacional em 1998.

Parque Terelj
Está localizado a 1.600 metros de altura acima do nível do mar, com grandes rochas graníticas do Mesozoico, montanhas, estepes, florestas alpinas e numerosas colônias nômades. Pode-se realizar um agradável passeio ao redor do parque, visitar a Rocha da Tartaruga e conhecer o templo budista Ariyabal, que apresenta boas vistas sobre o Parque e a Caverna das 100 lamas.

Bayanzag
É uma das rotas turísticas ao Sul de Gobi. É famosa porque foram encontrados ossos e ovos de dinossauros. É uma área muito agradável, onde são encontradas enormes rochas e areia que descendem de cânions que se estendem até o deserto. A rocha e areia de cores amarela, laranja e vermelha, constroem uma paisagem deslumbrante. Aqui estão localizadas as famosas Flaming Cliffs, onde foram descobertos numerosos fósseis. 
 
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