INFORME FUI
A imagem do prédio do Museu Guggenheim, com aquelas placas de titânio em desconcertantes curvas, sempre me atiçaram a conhecer essa cidade do norte da Espanha perto da fronteira com a França. O fato dela estar no País Basco, tornava essa viagem ainda mais intrigante pois o basco, idioma falado nessa região é uma língua única e de origem desconhecida. O esporte mais famoso? A pelota basca! A dança? O arreusku! Que lugar mais fascinante para se conhecer coisas novas! Do Guggenheim tive agradáveis surpresas, pois no seu entorno, contrastando com os painéis metálicos, obras de arte se somam formando um conjunto que desperta ora curiosidade, ora total alegria, como por exemplo ao ver o imenso cachorro formado de milhares de flores, o Puppy. Uma graça! O museu vale por si só, e seu acervo espalhado pelos três andares poderá ser acessado por elevadores, passadiços, rampas, escadas, em um jogo visual bastante interessante. Do lado de fora, haja megabytes em nossas máquinas fotográficas para dar conta de tantos ângulos e de tantas propostas visualmente fascinantes. Mas Bilbao é muito mais que isso, e se mostra uma cidade que cresceu rapidamente e bem (dizem que nos anos 90 era totalmente diferente), passando de um distrito industrial para um conjunto de belas avenidas como a Diego Lopez, essa em especial com um comercio muito bom, áreas verdes, parques e a gastronomia particular dos pintxos, essas pequenas obras de arte culinária. Reserve tempo para flanar pelas ruas do bairro antigo, conhecido como las 7 calles, as sete ruas. Descobrir igrejas, como a antiquíssima San Antón que tem status de monumento nacional pela sua peculiar estória, visitar o Mercado de la Ribeira e sentir o pulso da cidade... E mesmo que você não tenha chegado de trem, dar uma passadinha pela estação, só para admirar o belíssimo painel de vitral que domina sua área central. |
Fotos: Angela Güzey
Bilbao está cortada pelo rio Nérvion. Uma opção para conhecer a cidade é seguir pelas margens do rio, contando com as pontes que as cruzam, pois ele ladeia a parte antiga, margeia o Guggenheim, segue por belos jardins, e com fôlego, se chega a uma área portuária com um imenso torso nu masculino.
Ali próximo está o parque Doña Casilda, um gostoso lugar para descansar debaixo de suas frondosas arvores. Refeito da caminhada, sugiro que esteja preparado para conhecer outro museu maravilhoso, o de Belas Artes. Lá estão obras de Sorolla, Velásquez, Murillo, Zurbarán,... Um acervo rico e que dá a Bilbao uma gramatura de peso no terreno das artes. A cidade está bem servida de transportes. Tem bondes elétricos estalando de novos, e até ônibus de dois andares vermelhos, e outros com os simpáticos nomes de Bibobus ou Bizkaibus. Tem também um bom e moderno metrô, no qual você poderá chegar até a baía de Biscaia no mar Cantábrico, e alcançar os municípios de Getxo e Portugalete... Mas aí é outra (maravilhosa) estória...! ANGELA GÜZEY - é psicóloga por vocação, e viajante e fotógrafa por paixão - |