INFORME FUI
No meu primeiro dia em Estocolmo, eu já alimentava planos para voltar algum dia, pois logo que cheguei, percebi o quanto teria que ver, fazer e aproveitar.
É primavera, e a impressão que se tem é que a população inteira está nas ruas para aproveitar os intermináveis dias de luz dessa estação. Barcos de vários tipos e tamanhos cortam as águas das catorze ilhas que formam a cidade, enquanto pessoas e carros circulam pelas muitas pontes que as unem. Se você entrar na NK, um templo de consumo de grifes internacionais, vai achar que há um “saldão” das mercadorias, tal é o afluxo de gente andando pelo shopping. Aliás, há uma rede de lojas, restaurantes, livrarias, supermercados e “malls” interligadas, de forma que vc pode circular entre eles sem precisar sair à rua. Dessas obras arquitetônicas que países com invernos rigorosos conhecem bem. Ou se preferir, a Drottninggatan, uma longa rua de pedestres com todas as possibilidades de comércio. Nas ruas bandeiras diversas tremulam de prédios e barcos. Museus, galerias de arte, só de teatros são setenta, e restaurantes, se intercalam aos grandes centros de compras e as lojas da sueca HM que se repetem a cada esquina. Bondes elétricos antigos e modernos dividem a pista com bicicletas, ônibus e carros. Tudo dá certo. Há uma movimentação alegre típica das cidades “descoladas”. As torres pontiagudas de catedrais e palácios espetam os céus da capital sueca, enquanto rios e canais se agitam num vai e vem de barcos, ferry boats, veleiros e até caiaques. Circular por Estocolmo pode assim significar usar vários tipos de transporte, inclusive um bem articulado serviço de metrô, embora bom mesmo seja caminhar cruzando pequenas e grandes pontes, e perceber como essa incrível cidade pode ter matizes diversos. Glamla Stan é o nome da parte antiga de Estocolmo, e que mantém ares medievais por entre suas ruazinhas estreitas de pedras, tão bem conservadas. Ali está um comércio cheio de charme com negócios tais como antiquários, butiques ou livrarias. Em uma confluência de ruas, a Praça Stortorget, onde nas estações quentes, performances e orquestras, fazem a festa para os muitos turistas que ali se encontram. Os cafés em volta são muito agradáveis e concorridos. Ao lado da praça, a Catedral de São Nicolau, Storkyrkan, que abriga uma magnífica estátua feita em madeira de São Jorge, que por si só, já valeria a pena a visita. A catedral é histórica, não só por ser a mais antiga dessa parte da cidade, como também a que serviu para coroações e casamentos reais. Perto dali, o Palácio Real. Grande e imponente é palco de uma troca de guarda que acontece diariamente, onde centenas de pessoas disputam o melhor ângulo para ver, fotografar e filmar a solenidade. Em um outro ponto da cidade, está Skeppsholmen, uma ilha, adorável para se passar horas. Você pode chegar por barco, ou cruzar a ponte. Ali, o seu dia pode se dividir entre museus, jardins e restaurantes. No museu de arte moderna, o Moderna Museet, já lado de fora, esculturas coloridas dão as boas vindas junto a um grande móbile de Alexander Calder. Dentro, além das exposições permanentes já consagradas, há sempre interessantes mostras de fotografias, instalações, etc. A cafeteria é charmosa e a loja do museu tem itens curiosos de design. |
Fotos: Angela Güzey
Se a fome bater, sugiro ir ao restaurante do Hotel Skeppsholmen, que fica a uma pequena caminhada desde o museu, e tem uma varanda aprazível cercada de perfumadas alfazemas e pássaros. Que tal começar bem devagar tomando uma taça de champagne rosé bem geladinho? A comida é muito boa, e o arremate pode ser um expresso acompanhado de uma trufa de chocolate maravilhosa....Não se esqueça de pedir nos restaurantes (as vezes nem precisa), uma “tap water”. As águas escandinavas são leves e de muita qualidade. Não perca o embalo, seguindo de barco em poucos minutos até Djurgärden. O ponto está próximo ao hotel e você mesmo pode comprar as passagens antecipadamente (como os locais) através de uma máquina que aceita até cartão de crédito e que fica na pequena estação. Essa ilha é um dos lugares mais arborizadas de Estocolmo, com áreas verdes que cercam, como por exemplo, o museu Vasa (Vasamuseet). Imagine um museu que foi construído para abrigar uma única e grande obra: um barco! Uma embarcação do século XVII, com a formidável estória de que afundou na sua viagem inaugural. Depois da visita dedique-se ao lindo parque Skansen. |