INFORME FUI

 

MILÃO 

 

Ao norte da Itália, capital da Lombardia, está Milão. E no centro de Milão está uma das mais fabulosas catedrais do mundo: a Duomo di Milano. Toda feita em mármore de três cores e com 135 (!) agulhas típicas das construções góticas, cravejadas de elementos decorativos e imagens, já dão a "dica" do interior rico e altivo dessa catedral. Na mais alta agulha, a “Madonnina”, a pequena figura de Nossa Senhora, folheada a ouro, para qual os Visconti, a família mais importante da época, dedicaram sua construção.

A fila para entrar se estende longamente pela lateral. O que um dia foi natural, entrar e sair de igrejas e catedrais sem filas, sem ingressos, sem revistas, agora ficou mais difícil. Não está fácil para ninguém...às vezes até mesmo uma foto pode gerar a ira dos “guardiões” de solos sagrados, que veem nisso um ato de heresia!

Porém todo esforço vale a pena, e será recompensado. Seis séculos de construção não podem decepcionar! E não o fazem.

Do lado de fora, a direita da entrada da catedral fica o Museu da Duomo no Palazzo Reale. Acho que é o da cidade, o mais imprescindível. São as peças originais da catedral, organizadas em ordem cronológica desde a sua fundação no século XIV até o século XX. Não dá para deixar de ir. Compre o “Duomo Pass”, com a dobradinha catedral-museu.

Da música de Lucio Dalla, cantor e compositor italiano, um trecho fala da "Milano gambe aperte che ride e si diverte", fala do espírito de uma cidade aberta que ri e se diverte. Assim é. Um lugar cosmopolita, cidade de negócios e de prazeres.

Na gastronomia, terra dos panetones, das “bresaolas”, dos “gelatos” que colorem vitrines, do expresso perfeito.

Epicentro do mundo do design e da moda, tendo as chiquérrimas via Manzoni e della Spiga, como passarelas de compras de luxo, ou os corredores da Galleria Vittorio Emanuelle, a galeria mais deslumbrante do mundo! Na beleza desse cenário, gente do mundo inteiro se cruza, e por instantes se incorpora, ou tenta se mesclar, ao universo de elegância e charme dos milaneses. Na ponta oposta a entrada da galeria, fica a Praça Scala. Ali está o teatro lírico Teatro alla Scala, onde se pode ver óperas, ballets e concertos.

Ainda no quesito moda-design e gastronomia também, tem a tradicional La Rinascente, uma loja de departamentos excelente que abre todos os dias inclusive aos domingos, e que está ao lado da Duomo.

Uma visita à cidade só será completa com a ida a Santa Maria delle Grazie. É lá, nas adjacências dessa igreja, no que foi refeitório um dia, é que se encontra o mural pintado por Leonardo da Vinci da Última Ceia, ou como lá é chamado de “ il Cenacolo Vinciano”.


 


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Fotos: Angela Güzey

  

Não é preciso dizer muito mais dessa obra mundialmente famosa. Só lembrar que para vê-la é necessário agendar pelo site, e torcer para que os dias que você esteja em Milão haja vaga para sua visitação.

Insista, pois as vezes datas que já não tinham disponibilidade, se abrem. Faça isso com o máximo de antecedência que puder.
 
Sforzesco é um castelo, desses com torres e fosso, que hoje abriga museus, galerias de arte, cafés e um entorno magnífico. Atrás do castelo, se estende o Parque Sempione, ótimo para relaxar e se distanciar do burburinho da cidade. No final do parque, o Arco da Paz emoldura todo o conjunto. O Arco repare, se parece bastante com o de Paris, sem os cavalos naturalmente.

No museu de Arte Antiga do Sforzesco é possível "reviver" uma obra apagada pela guerra, de Leonardo da Vinci. E mais: a última escultura inacabada de Michelangelo. Simplesmente comovente.

E como de museus a cidade é bem fornida, outra sugestão é ver a “Pinacoteca di Brera” que fica em um prédio onde está a Escola de Belas Artes. A coleção é das mais importantes da Europa, e há uma área toda envidraçada onde é possível acompanhar o trabalho dos restauradores. Coisa pouco usual e interessante. Aproveite depois da visita a região de Brera que está cheia de restaurantes, galerias de arte e ruazinhas cheias de charme.

E por último, se chover enquanto você estiver por Milão, corra para a Praça da Duomo. Ver as gárgulas nas laterais da catedral esguichando agua é um espetáculo a mais nessa cidade.
Sem filas e grátis.

ANGELA  GÜZEY - é psicóloga por vocação, e viajante e fotógrafa por paixão -


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