INFORME FUI
Lisboa foi e será o primeiro destino europeu de muitos de nós. Para outros, o destino de sempre. É adorável estar em um lugar onde temos tanto o que experimentar, sentir, aprender, ver, saborear, etc. Sentir-se acolhido em suas ruelas, descobrir recantos depois de curvas, do ultimo degrau das escadarias... quanto prazer! Ver monumentos históricos, conhecer fantásticos museus, visitar majestosas ou singelas igrejas, debruçar nos miradores a qualquer hora do dia ou da noite, admirar o Tejo... Só de programas básicos e obrigatórios, a lista é imensa. O conjunto monumental do Mosteiro dos Jerónimos por exemplo. Patrimônio da Humanidade pela UNESCO é um dos mais impressionantes exemplos da arte manuelina, o que também poderá ser visto na Torre de Belém. Já aí estão dois dos compromissos com a cidade só na freguesia (bairro) de Belém. Mas nesta zona de Lisboa, há muito mais o que fazer: saborear uns tradicionais pastéis de nata na Casa dos Pastéis de Nata, claro, é um clássico. Ver a bela coleção de carruagens no Museu dos Coches é outro. Visitar o Centro Cultural de Belém também. Mais recentemente a ribeira do Rio Tejo está com um recorte diferente: é o arrojado MAAT, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia que veja só, já foi premiado pela excelência do projeto. Ou seja, é para se passar o dia (ou dias!) se dedicando a essa área e ainda contando com uma grande e variada oferta de restaurantes espalhados no entorno. Você pode chegar à Belém de eléctrico nº15, ou mesmo de trem (direção Cascais), saindo da estação de trens do Cais do Sodré. E por falar em Cais do Sodré, é por lá que está uma forma bem atual de se comer bem com muita variedade, no renovado Mercado da Ribeira. Um conceito moderno de aproveitamento das grandes superfícies de mercados antigos, com espaços onde convivem restaurantes, bares, cafés, etc. A animação se dá pela qualidade do que é oferecido, em um ambiente bonito e bem desenhado. Vale a pena. No meio do caminho entre Belém e Cais do Sodré, está outro acerto que é visitar o Museu Nacional de Arte Antiga. Abriga peças interessantes e um acervo de pinturas extraordinário, além de estar em um palácio e contar com um belo jardim com vistas ao Rio Tejo. Vale dizer que hoje em dia todo o passeio que margeia o Tejo está concebido para se caminhar com total tranqüilidade. Essa cidade só fica melhor! A região moderna do Parque das Nações é outro programa que não pode faltar. Sugiro que chegue de metro pela linha vermelha que desemboca na arrojada estação Oriente, projeto do renomado Santiago Calatrava. Logo em frente está o Centro Comercial Vasco da Gama. Resista. Deixe para o final, na volta. Siga em frente pelo maravilhoso Parque das Nações, um imenso espaço com belas áreas verdes, esculturas, diversos restaurantes e um dos maiores oceanários da Europa. Tente obter um mapa do lugar para que você visualize a área como um todo e se localize melhor. Na volta aproveite o centro comercial, onde entre tantas coisas conta com um providencial supermercado. Numa das que considero mais lindas praças do mundo, a Praça do Comércio, ganhou em 2013 um mirante. A entrada (paga) é pela Rua Augusta, rua localizada exatamente diante do grande pórtico central. A vista lá de cima é panorâmica, abrangendo um ângulo de 360º. Pelo elevador é possível chegar até certo ponto, depois é preciso subir alguns lances de uma escada em caracol para se chegar ao topo. Dali a luminosidade de Lisboa desvela suas colinas e o Tejo numa paisagem idílica. Se decidir subir para o Bairro Alto, ao menos uma vez o faça pelo elevador de Santa Justa. É pago? É. É muito turístico? Também. Mas é um charme... Lá em cima, dedique um tempo com o panorama a sua frente. Depois não deixe de visitar a Igreja do Carmo. |
Fotos: Angela Güzey
É emocionante ver uma igreja que se mantém tal qual, desde o grande terremoto que atingiu Lisboa em 1755. Sem cobertura no vão da sua nave central, a céu aberto, é belíssima. Há no local, um museu arqueológico imprescindível de ser visto. |