INFORME FUI

 

PEQUIM

 

Chegar à capital chinesa é impactante. Andar pelos imensos espaços da Praça Vermelha ou Tian’anmen, e em seguida adentrar a Cidade Proibida, parece ser ingressar diretamente na história antiga, mas também recente da China.

O seu conhecimento do tempo histórico vai ganhando cenários, personagens, objetos. Mais do que tudo, significado.

Os palácios imperiais da Cidade Proibida que surgem uns após outros, parecem intermináveis. Uma multidão avança como se para justificar o direito a esse legado, depois de tantas dinastias e imperadores que os privaram para si.

Na Praça Vermelha, o registro forte da grande imagem de Mao e das flores muito coloridas, se destacam nesse enevoado lugar. E é claro, a grande bandeira chinesa que ganha destaque em uma cerimônia que acontece todos os dias.

Nas ruas de Pequim, as bicicletas foram substituídas por motos, que disputam lugar literalmente com carros de luxo, triciclos e outros veículos que não sei como qualificá-los...

Lugares como o Palácio de Verão, Patrimônio da Humanidade, o farão esquecer totalmente o trânsito confuso da cidade. Trata-se de uma área construída na dinastia Qing, que além de contar com vários pavilhões, jardins e pagode muito bonitos, é dominada por um grande lago artificial, o Kunming. Barcos coloridos com proas em formato de cabeças de dragões fazem passeios entre a entrada principal do palácio e um cais onde se encontra uma emblemática estrutura. Trata-se de um barco em mármore que o imperador manda construir para mostrar sua existência perene e forte. No inverno o lago congela, o que não deixa de ser interessante também.

Outra “jóia” da dinastia Qing, é o Templo do Céu. Uma construção belíssima feita de encaixe de madeira com cores vibrantes, e voltado para os pedidos e augúrios de boas safras e colheitas. Imperdível.

Um passeio que pode ser feito a partir de Pequim, é visitar algum tramo da Muralha da China. A parte de ser monumental, prepare-se para “compartilhá-la” com uma multidão que ignora os degraus super altos e gastos, e segue num vai e vem interminável! Aqui um calçado firme e anti derrapante é necessário, principalmente se estiver chovendo. Observe e tente acessar partes da muralha que às vezes não estão tão próximas de estacionamentos por exemplo, e tire partido de trechos menos congestionados.
 



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Fotos: Angela Güzey
 

E para completar os “clássicos” da cultura chinesa, comer o famoso pato laqueado é preciso! Há todo um ritual que vai desde o cortar e fatiar o pato, coisa que fica ao encargo de um chefe especializado, até o que você mesmo terá que aprender em uma lição: enrolar as fatias do pato junto com alguns adereços, em pequenas panquecas. Habilidade é o que você não vai precisar para saborear os dumplings, uma massa que pode ter recheios diversos e é cozida em tradicionais recipientes de bambu. Gostos e sabores são sempre lembranças importantes em uma viagem.

E mesmo que você não seja fã do gênero, há outro programa que não pode deixar de ser feito: Ir a Ópera de Pequim. Um espetáculo da arte chinesa, cantada em falsete pelos personagens femininos e com figurinos muito bonitos cheios de simbolismos.

Mas em Pequim também é possível conhecer um lado menos explorado da cidade, que é a Zona de Arte 798, um lugar para se ver exposições de arte contemporânea, artistas de rua, esculturas e instalações, tudo reunido nessa charmosa e descolada área composta por alguns quarteirões. Há cafés e simpáticos restaurantes que dividem espaço com galerias de arte e estúdios, fazendo desse lugar algo reconhecível aos ares das grandes urbes culturais do ocidente.

Corra, pois a China cresce depressa. A história desse país atrelada a sua economia forte, formam números gigantescos que trazem para nós viajantes, mais que um destino, uma necessidade de conhecê-lo.

ANGELA  GÜZEY - é psicóloga por vocação, e viajante e fotógrafa por paixão -

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